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Assessoria de Imprensa Crefito-9 - Larissa Klein
Crefito 9

Se você pensa em se especializar na Fisioterapia do Trabalho, saiba que essa é uma área que vem ascendendo ao longo dos últimos anos, já que as empresas passaram a entender a forte relação entre qualidade de vida do colaborador e produtividade. Isso porque esse profissional é responsável por tratar e prevenir lesões, a partir de estratégias como exercícios laborais, reeducação postural, ergonomia de modo geral.

A Fisioterapia do Trabalho surgiu da necessidade de acompanhar a saúde do trabalhador a partir de enfoque interdisciplinar e sob a perspectiva da ergonomia, da atividade laboral e da biomecânica. A mobilização que organiza a especialidade começou no final dos anos 1990, quando em 1998 um grupo de fisioterapeutas atuantes na saúde do trabalhador decidiram criar a Associação Nacional de Fisioterapia do Trabalho. A ideia era criar normatizações para esse área, já em crescimento no Brasil. Anos mais tarde, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) publicou a Resolução 259/03, que reconheceu a área de atuação da Fisioterapia do Trabalho.

Para falar sobre esta especialidade, que está em alta, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 9ª Região (Crefito-9) conversou com o fisioterapeuta, suplente de conselheiro do Crefito-15, perito judicial, José Ronaldo Veronesi Junior.  “A resolução foi um marco na história da especialidade e no dia 13 de junho passamos a comemorar o Dia do Fisioterapeuta do Trabalho. A resolução trata de diversos pontos, entre eles todas as áreas de atuação, que é ampla e abre o mercado de trabalho para o fisioterapeuta”, destaca.

Veronesi pontua que o fisioterapeuta do trabalho pode solicitar e interpretar exames funcionais e fazer exames complementares ao do médico como os exames ocupacionais obrigatórios da NR 07. “O que deixa claro que os exames médicos complementares, dentre eles exame do fisioterapeuta do trabalho, será feito para a avaliação físico funcional”.

Além disso, o fisioterapeuta pode atuar com consultoria as empresas, sindicatos e órgãos públicos na parte de exame funcionais e ambulatórios de fisioterapia. “Muitas empresas, em especial as grandes, fizeram estudo de viabilidade econômica e viram que se elas tiverem um ambulatório, uma clínica de fisioterapia, para atender seus funcionários, ela vai ter uma lucratividade em tempo de dedicação do trabalhador. Além da empresa poder atuar precocemente nos aparecimentos de algumas disfunções oriundas ou não do trabalho. Dentro de um Programa de Controle da Saúde Ocupacional é de fundamental importância”, argumenta.

José também aponta que o fisioterapeuta pode fazer análise ergonômica do trabalho, que está prevista na norma regulamentadora 17. “Com a NR 01, publicada em março de 2020, as empresas são obrigadas a apresentarem o risco preliminar, um programa de controle dos riscos. E dentro destes riscos está o perigo ergonômico. Abre-se assim um mercado de trabalho muito grande para o fisioterapeuta do trabalho, porque ele pode fazer análise ergonômica de pequenas a grandes empresas, bem como a gestão em ergonomia. E a partir desta análise fazer o acompanhamento e execução de todos os planos de melhoria”, explica.

Ainda dentro da especialidade de Fisioterapia do Trabalho o profissional pode atuar em perícias judiciais, fisioterapêuticas e ergonômicas. “Vejam que a fisioterapia do trabalho não está diretamente ou somente ligada à empresa, é possível fazer consultorias para a justiça ou governo. Então são diversas opções de atuação no mercado. E está crescendo cada vez mais, principalmente com a reformulação das normas regulamentadoras. Se você ainda não conhece a área da Fisioterapia do Trabalho e deseja entrar faça cursos de extensão, aperfeiçoamentos e principalmente a prova de título de especialista do Coffito”, finaliza.