Publicado em: 22 AGO 2019 às 19:00:00
Todas as Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) de Mato Grosso foram fiscalizadas pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional na 9ª Região (CREFITO-9) no primeiro semestre de 2019.
“Esse trabalho é reflexo dos investimentos e das mudanças que temos feito no Departamento de Fiscalização para ampliar o número e sobretudo a qualidade das vistorias, prezando pela orientação ao profissional e a proteção ao paciente”, destaca a presidente do Conselho, Dra. Ingridh Farina Da Silva.
Entre os meses de fevereiro a junho os fiscais do CREFITO-9 percorreram as cidades de Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Colíder, Cuiabá, Juara, Juína, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Tangara da Serra e Várzea Grande e fiscalizaram 54 unidades hospitalares. Neste período as 35 unidades hospitalares que possuem UTI foram fiscalizadas, totalizando 61 UTIs das quais 40 são adulta e 21 neonatal/pediátrica, garantindo 100% de fiscalização nas UTIs de Mato Grosso.
Somente 18 unidades de terapia intensiva possuem coordenador com títulos de especialista em terapia intensiva, como é determinado pela RDC Anvisa 137/2017. “A qualidade de atendimento e proteção do paciente dependem de treinamentos permanentes para todos os colaboradores a fim de garantir a qualidade e a uniformidade de todos os processos envolvidos na condução de estudos, o coordenador titulado é de extrema importância para formar toda a equipe”, informa Dra. Ingridh.
Todas as unidades de UTI de Mato Grosso têm Fisioterapeuta como preconiza a RDC 07/2010, porém das 40 UTIs adulta sete não cumprem o tempo de permanência mínimo do profissional na unidade de terapia intensiva que é de 18 horas, entretanto o próprio Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) recomenda por meio do Acórdão COFFITO 472/2016 a permanência que o ideal para que haja uma assistência de qualidade são necessárias 24 horas de cobertura fisioterapêutica.
Das 21 unidades de UTI Neonatal/Pediátrica sete não contam com Fisioterapeuta em tempo integral como estabelecido pela Portaria 930/2012 e Acórdão COFFITO 472/2016. “A falta do profissional é um risco a pacientes em estado crítico, uma vez que intercorrências em especial respiratória, podem custar vidas”.
Durante a fiscalização também foi checado o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a evolução dos prontuários, a utilização de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) e as condições de trabalho dos profissionais, ponto que o Conselho tem cobrado das instituições empregadoras. Apenas seis unidades possuem profissionais no regime estatutário e 16 CLT, nos demais hospitais são prestadores de serviço e terceirizados, com média salarial de 2500 reais mensais, sendo na maioria sem insalubridade e com repouso misto.
O relatório completo dessa rodada de fiscalização será analisado pela Câmara Técnica de Fisioterapia Respiratória do CREFITO-9 que irá propor melhorias para os atendimentos e para os profissionais do estado.
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